sábado, 11 de dezembro de 2010

Vênus Liberta

                                    Sinto-me tão feminina,
Frágil mulher carente...
Terra fértil à espera de semeadura.
Libero finalmente a Vênus amordaçada,
Amarrada dentro de mim.
O amor que sinto por ele,
E todos os outros não correspondidos,
A liberou.
Deixo este amor esvair-se pelo meu corpo,
Liberto do meu coração.
Desce fluído pelos meus membros,
Braços, pernas, pelo ventre, pelo sexo...
Toma conta de mim sem resistências,
Apesar de toda dor.
Deixarei fluir, fluir até se esgotar por si mesmo.
Vênus liberta, quanto espera,
Quanto amor...

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